Herbalismo Holistico
“A árvore que plantas dar-te-á, talvez amanhã, o remédio que precises”. Emmanuel
Imaginar como o homem ancestral observou o comportamento instintivo dos animais e, ao usar a sua própria intuição passou a experienciar o reino vegetal. E de como ele transmitiu este conhecimento aos seus descendentes através da fala, dos desenhos, das escritas em pedras, em placas de barro e, em pergaminhos.
Através do tempo e do espaço pesquisar a sabedoria ancestral dos povos egípcios, hindus, hebreus, chineses, gregos, romanos, maias, astecas e xamãs de todas as etnias. Observá-los manipulando as plantas com tanta reverência e sabedoria com o propósito de auxiliar seu semelhante.
Adiante, na Idade Média, o longo período em que o homem cético e materialista negou todo o conhecimento ancestral e passou a queimar em fogueiras documentos e pessoas que traziam na sua bagagem espiritual este conhecimento universal que edificava vidas e almas.
O reino vegetal acompanhou paciente e amorosamente a evolução humana e vários textos antigos fazem referência às plantas e a sua importância vital para a inteireza do Ser:
” E o Senhor Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal.” Genesis; (…) ” E seu fruto servirá de alimento e a sua folha de remédio”. Ezequiel; (…) “Deus criou os medicamentos da terra e o homem justo os usa” Eclesiastes
As plantas são produzidas pela maior genitora do planeta, a natureza. Mesmo quando elas nascem misteriosa e de forma abundante ao nosso redor ou quando as cultivamos em vasos, jardins, hortas ou estufas, em pequena ou grande escala, rurais ou urbanas, elas continuam a cumprir a missão de nos proporcionar uma grande lição, qual seja oferecer generosamente alimento, conforto, abrigo, alegria, bem-estar, cura física, emocional, espiritual a fim de manter o equilíbrio energético global.
Muita literatura existe sobre as plantas. Da mística, ritualística à científica; Contemporânea e todas sem exceção buscam desvendar os segredos e os atributos ocultos das plantas. Ocorre que muitas vezes analisamos o universo “verde” apenas sob um determinado aspecto, que parece mais importante sob a ótica daquele observador e sob determinada necessidade, ou ainda obedecendo a um propósito maior vinculado ao estágio consciencial da raça humana.
Quando finalmente despertamos para o reino vegetal, não importando sob qual ângulo estejamos conectados, passamos a nos sensibilizar e perceber a importância do bem mais precioso que dispomos. A existência nos oferece a oportunidade de evolução, que muitas vezes, desperdiçamos buscando no ilusório e no supérfluo.
O reino vegetal é sábio, generoso, pacífico e harmonioso e agrada a todos os seres humanos, independente da cultura e do estágio evolutivo. Há aqueles que não apreciam alimentação vegetariana mas se encantam com o conforto da sombra de uma árvore e de um campo gramado; Há também os que plantam grandes extensões de alimento e não conseguem perceber a utilidade de um jardim. Encontramos seres que se emocionam com a beleza das flores, mas não se sensibilizam com o desmatamento da Amazônia; Outros, que só percebem a utilidade medicinal do reino vegetal; Uns querem apenas o aroma, outros, somente a cor; Há ainda aqueles que selecionam com qual parte das plantas querem se relacionar, transformando em lixo tudo aquilo que não pertencer aquele grupo; Há os que apreciam o reino vegetal como troféu cortando e transformando tudo que puderem abocanhar sem nenhuma consciência.
Não importa se apreciamos o espírito ou a forma das plantas. Se valorizamos só a energia ou somente as raízes, os caules, as folhas, as flores, os frutos ou as sementes. O que importa é que o reino vegetal tem uma amorosa missão a cumprir na sua trajetória evolutiva com os seres da terra e, ele atuará, independente de termos a compreensão disto, apesar da nossa falta de gratidão e de consciência.
A missão do reino vegetal é nos auxiliar a despertar nossa essência divina adormecida e reconectá-la com a essência do Criador, que é simplesmente o Amor como Lei Universal. Muitas vezes, o universo e suas sábias Leis aproveitam situações de tristeza e de dor pelas quais a raça humana passa de tempos em tempos, para que o reino vegetal possa cumprir o seu papel. O reino do “verde” é permanência. É transformação.
Pesquisadores e alquimistas como Paracelso, Hanneman, Bach e muitos outros seres conectados perceberam isto também. Observamos isto ao fazer um paralelo entre a ação Fotoquímica e a ação energética das plantas da mesma planta em determinados desequilíbrios do homem. A energia da planta é captada e utilizada na forma de chás, sprays, vapores ou simplesmente pela simples proximidade e sintonia com o vegetal. A planta doa generosamente sua energia harmonizadora a quem necessita, sem julgamento ou cobrança. Podemos usar como exemplo, nosso sábio e ancestral irmão do reino vegetal de origem chinesa, o Ginkgo Biloba, que vive em nosso planeta a 180 milhões de anos e sobreviveu à bomba atômica que assolou Hiroshima e Nagazaki, na segunda guerra mundial. O Ginkgo é usado como medicamento a mais de 2.800 anos e foi a primeira planta a nascer naquela região do Japão após o desastre nuclear, sobrevivendo a radioatividade do solo e contrariando todas as expectativas dos cientistas. Os compostos Fito químicos desta planta considerada um fóssil vivo são hoje cientificamente identificados e usados para tratar distúrbios da circulação periférica, vertigem, dores de cabeça, perda de memória e de audição. Estas situações enfermiças que ocorrem na região dos Chacras Frontal e Coronário, se analisadas sob uma visão mais ampla sinalizam a necessidade urgente de mudança de padrões de pensamento do indivíduo. Outro exemplo é o Anis estrelado e seu emprego no tratamento da gripe A. Observamos que aconteceu uma verdadeira corrida aos supermercados em busca do Anis Estrelado e suas propriedades preventivas e curativas para esta virose. A utilização medicinal do Anis Estrelado remonta há séculos. É utilizado para tratar problemas de falta de apetite, distúrbios gastrointestinais, flatulência e cólicas. Topicamente é usada em micoses. O centro da imunidade localiza-se no 4º chacra, a falta de amor e compaixão torna o homem imuno-deprimido e portanto predisposto a contrair doenças. Qual é a mensagem do Anis? Seja compassivo e tolerante, não brigue por pequenas coisas, viva com amor! As plantas não precisam que acreditemos ou tenhamos fé nelas, elas nos ajudam de qualquer jeito, tenhamos ou não consciência disto. As plantas não se importam qual parte delas vamos usar, seja a matéria, Fitoquímica ou o espírito, energeticamente. Elas limpam o ar que respiramos e nos fornecem oxigênio, nos alimentam, nos doam seus óleos essenciais, seus princípios ativos, e dignificam sua existência em prol da nossa evolução.
Ao estudar e observar as plantas saberemos em que situação usá-las. Poderão ser na forma de incenso, fusão, óleos, chás. Quando se aproxima o verdadeiro propósito da alma, tudo da natureza interior vem à tona. A pessoa entra em um processo mais rápido de transformação pessoal. “Quando convidamos o amor para despertar poderes mais profundos, trabalhar nos desafios torna-se uma aventura”. Leo Artese
O maior desafio para o crescimento é a inércia, que cria a insensibilidade, pois limita o indivíduo de novas possibilidades. Cria passividade com relação à vida. Cria falta de vitalidade, limita a criatividade e predispõe ao papel de vítima. A consciência se limita a fugir, a ter medo. A vítima fica sempre vivendo às sombras do passado e com medo do futuro. Então, precisamos buscar a inteireza do Ser e, o reino vivo e único das plantas nos acena com o amor, com a permanência e a transformação à paisagem evolutiva cheia de flores, de cores e de contemplação à caminhada de volta à morada do Pai.